04 de Agosto de 2023


Sustentabilidade em seu panorama histórico na mineração

Por Alexandre Vidigal* 

Mineração e sustentabilidade são temas estreitamente relacionados, não havendo a possibilidade de se considerar um sem dar atenção ao outro. Embora esta relação no passado tenha sido em um cenário excludente, na medida em que pouco ou nada interagiam, em tempos atuais houve uma guinada de 180 graus, sendo hoje essa uma relação includente e de interdependência, e que se firma como uma realidade indissociável.

Claro que a atividade da mineração ainda traz muitos impactos negativos em sua interação com as pautas do meio-ambiente e da coletividade. Mas não se pode esquecer que muito do que se tem no presente como uma visão ruim da mineração, inclusive quanto às tragédias ocorridas, são o reflexo da mineração mal desenvolvida no passado. Ou seja, colhe-se hoje muito dos erros de outrora.

Não obstante essa incontestável constatação, não se pode desmerecer os elevados esforços da atividade minerária do presente, fortemente voltada em atender e se alinhar aos justos e desejados desafios que se adaptem a um modelo de menor impacto possível e, naquilo que é necessário mas é incontornável, que se alcancem compensações compatíveis a viabilizar um equilíbrio entre perdas e ganhos da sociedade.

Neste contexto, não se pode negligenciar em compreender que a mineração é imprescindível para o modelo de vida e bem-estar já definidos pela sociedade contemporânea, globalmente considerada, e que exige serem ainda mais disponibilizados os recursos tecnológicos, em qualidade e em grande escala, para as mais diversas demandas humanas, bem como o elevado e irretornável compromisso da drástica e urgente redução de emissão de carbono. Tanto em uma quanto em outra agenda global, não haverá a menor possibilidade de se avançar em suas conquistas sem o uso dos bens minerais.

Importante notar que o aparecimento de novos empreendimentos minerários para atender às elevadas e iminentes demandas da sociedade tem aumentado em escala multiplicadora, e, com isso, o setor mineral tem atraído cada vez mais novos interessados, numa estratégia de ampliação e mesmo inovação de negócios que, é seguro afirmar, não terá volta. Impossível cogitar-se em transição energética, em novas tecnologias, em recuperação ambiental e mesmo em um futuro seguro para a humanidade, se não se reconhecer, também, que será necessário cada vez mais a ampliação da disponibilidade dos bens minerais.

E é exatamente em razão desta realidade que já está posta, que a cada dia se amplia, e que projeta um horizonte a perder de vista, que o Caputo, Bastos e Serra Advogados, atento aos movimentos da sociedade, implantou sua específica área de Direito Minerário e de assuntos relacionados às empresas de mineração em todas as demandas do ambiente corporativo, contando com profissionais dos mais experientes e qualificados no mercado, e o que tem resultado na busca permanente pela prestação de seus serviços pelas empresas do setor minerário.

 

*Alexandre Vidigal é sócio do Caputo, Bastos e Serra Advogados, Doutor em Direito, especialista nas áreas: penal, tributário e administrativo, com larga experiência na relação público-privada, inclusive em mineração. Vidigal também é Ex-Secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia  e foi Juiz Federal de 1991 a 2019.